quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Emprego tático da tropa montada no CTDC

               
               O EMPREGO PREVENTIVO
Quando se visualiza, pelo tipo de manifestação, a incapacidade das forças policiais de restabelecerem a ordem, ocorrerá uma ocupação prévia de uma área onde se presuma haver concentrações não desejáveis de manifestantes e, nestas condições, a tropa de CTDC poderá ser fracionada até o nível de Esquadras para realizar principalmente patrulhamento, objetivando evitar ajuntamentos. As patrulhas a cavalo constituem um meio eficaz para a prevenção dos mais variados delitos, podendo ser empregadas tanto nas zonas de difícil acesso como nas zonas urbanas com elevadas taxas de criminalidade. Com vistas a otimizarem a sua atuação, os policiais militares devem efetuar ações de controle tanto de pessoas quanto de bens.
O emprego preventivo deve ser buscado sempre como primeira opção com o objetivo de se evitar o confronto das tropas com as forças antagônicas. As evoluções realizadas pelas tropas a pé e montada, demonstração de força e ocupação prévia e controle de pontos sensíveis servem para dissuadir a massa causando um impacto psicológico em seus integrantes.

O EMPREGO REPRESSIVO
Quando o conflito se agrava a ponto de exigir o emprego da força contra a massa, usando para isto sua grande mobilidade, velocidade, ação de choque e força, com o objetivo de dispersar a multidão e de se restabelecer a ordem, o objetivo principal de uma tropa montada, no controle de distúrbio civil, é prioritariamente, a dispersão da multidão e não sua detenção ou confinamento. Essa dispersão deve ser calculada de tal forma que dificulte ou desanime os manifestantes a realizarem outra reunião imediata. Deve-se levar em conta a integridade física de todas as pessoas envolvidas nessas operações, tanto à tropa como principalmente à força adversa.
 A última opção da tropa montada, durante uma ação repressiva, é o ataque a cavalo, conhecido como “CARGA DE CAVALARIA” quando a tropa não consegue dispersar a massa com os dispositivos normais de choque. Para permitir a carga de cavalaria, além das condições do terreno serem propícias para manobras a cavalo, é necessário que na retaguarda da massa existam vias de escoamento para a dispersão dos manifestantes, devido ao pânico que pode ocorrer na multidão diante da ação. Ela não deve ser executada em local cujas vias de escoamento não comportem a multidão, pois poderá provocar pânico incontrolável, originando depredações, pisoteamentos, ferimentos e até mesmo mortes. A carga é realizada pela tropa emassada, na formação em batalha ou linha, em uma determinada direção. A ação termina com a dispersão dos manifestantes lançados em fuga ou, eventualmente, no combate corpo a corpo, ocasião em que se poderá empregar a espada/bastão, nunca de ponta ou com golpes com o corte da espada e sim com a face da lâmina.
FonteViana, Fabiano Teixeira. EMPREGO INTEGRADO DAS TROPAS A PÉ E MONTADA EM OPERAÇÕES DE GLO. 2007. Monografia (Especialização em Equitação) – Escola de Equitação do Exército, Rio de Janeiro, 2007.

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