quinta-feira, 26 de abril de 2012

CAVALARIA CUSTA MENOS A GOIÁS

 A utilização do conjunto homem e cavalo do Regimento de Cavalaria – Polícia Montada do Estado de Goiás é considerada uma das mais eficientes maneiras de combater crimes durante patrulhamento de choque. O trabalho de cada três homens e cavalos, durante grandes eventos, cobre o equivalente à área de patrulhamento realizada, em média, por 18 policiais. A cavalaria de Goiás atua nas mais diversas missões, mas, segundo informou o subcomandante major Sérgio Marques Duarte, durante shows artísticos, campeonatos esportivos e manifestações populares, sua presença é indispensável.
 O policiamento com o auxílio dos equinos consegue impor respeito pela natureza. “Temos a facilidade de trabalhar nessas ocasiões pelo fato de o cavalo se manter no nível acima de quem está de pé”. Major Duarte avalia que, “no mundo cada vez mais urbano o cavalo causa um impacto psicológico.” Mas a intenção da cavalaria não é iniciar confronto. “Podemos organizar filas e evitar tumultos.”
 Apesar desse tipo de ação ser o forte da equipe, a polícia montada também trabalha em patrulhamentos de rotina, principalmente na Praça do Avião, Jardim Itaipu, Goiânia 2 e Balneário Meia Ponte.” Ele ressalta também que a cavalaria consegue realizar até mesmo condução de detidos. “O acusado pode caminhar enquanto é escoltado pelo policial a cavalo.”
 Em razão disso, a produtividade do trabalho realizado, demonstrada por meio de levantamento estatístico, apresenta números significativos. De janeiro até a primeira quinzena deste mês, pelo menos 1.442 pessoas foram abordadas. Também houve foragidos recapturados, prisões em flagrante, motos e carros abordados (veja box).

 Viabilidade
 O cavalo se assemelha a uma viatura. Ele necessita de cuidados e manutenção para ser utilizado nas ruas. Duarte acredita que, ao longo do tempo, a unidade de cavalaria se viabiliza. “Um animal passa mais de 25 anos na vida ativa.” Ele explica ainda que a partir de três anos o cavalo já pode ser adestrado. “Quando fazemos a conta na ponta do lápis o custo-benefício acaba sendo bem maior, pois trabalhamos para proteger vidas.”
 Atualmente, 45 dos 90 animais da cavalaria estão habilitados para atuar nas ruas. Alguns cavalos já nascem na própria PM. Desde o contato com o policial até o adestramento, o trabalho é diário. “A rotina consiste em ambientar o equino para nossa vida de polícia e de segurança pública. Por isso, são necessários treinamentos.” O cavalo então se acostuma ao barulho de fuzis, poluição sonora, caminhar em calçadas, subir e descer escadas e atuar em ambientes com bandeiras.
 Os policias também dispõem de aparatos para montar nos cavalos. São equipamentos de proteção individual, arreios específicos, cela de policiamento, bolsas laterais e também mantas de policiamento com identificação policial. Além de, bloco de notificações de trânsito, radiocomunicador. “É feito desde bloqueio de trânsito a ações de choque.” Os policiais atuam em grupos de três. “Um homem fica responsável por segurar os três animais, enquanto o restante se divide nas buscas e na segurança do conjunto.” Em março, o Regimento de Cavalaria – Polícia Montado do Estado de Goiás completou 30 anos de atuação.
EDIÇÃO DIGITAL
Ed. 2001 de 26/04/12
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