quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Policiamento Montado dentro dos estádios?


  A invasão do estádio Couto Pereira em Curitiba/PR, por torcedores fanáticos e descontrolados, provocou uma série de discussões sobre a questão da violência nos estádios de futebol e a sua relação com a paixão pelo esporte.
 O Blog Policiamento Montado traz à tona uma discussão sobre o emprego da tropa montada em eventos desta natureza.
 A doutrina, em prática atualmente, determina a aplicação da Cavalaria na área externa das praças desportivas, com o objetivo de prevenir e/ou reprimir tumultos nas bilheterias e entradas do estádio, evitar confronto de torcidas e zelar pelo patrimônio - notadamente veículos estacionados - durante a realização da partida.
 A área interna dos estádios, normalmente é ocupada pela tropa de choque e tropa regular, os quais preservam a ordem nas arquibancadas e na área do gramado. Emprega-se o canil como forma de prevenir a entrada furtiva de torcedores dentro do campo.
 Esta invasão, que culminou com a agressão de diversos policiais militares nos leva a refletir sobre a possibilidade de atuação da tropa montada dentro dos estádios, também.
1) A atuação da tropa montada em gramados de futebol é possível??
2) O cavalo atuaria como potencializador da prevenção contra invasões??
3) A atuação repressiva seria menos dolorosa para policiais e torcedores??
 Ou será que a Federação Paranaense de Futebol e administradores do estádio são responsáveis pela facilidade de acesso do torcedor ao gramado? A tropa da área interna estava preparada e com efetivo condizente para o evento?
 Em pesquisa realizada na web a Gazeta do Povo publicou o trecho abaixo:
"A Polícia Militar do Paraná informou que o efetivo utilizado no jogo de domingo – 700 soldados – era suficiente para conter possíveis abusos de torcedores. Mas além do número de policiais, o que falta é atitude preventiva para lidar com fanáticos. “A polícia não está preparada para esse tipo de espetáculo porque ele demandaria cursos de formação mais longos e com profissionais especialistas. É preciso compreender o fenômeno esportivo profundamente e como atuar com sujeitos fanáticos, apaixonados em situação de lazer”, comenta Heloísa Baldy, pós-doutora em Sociologia do Esporte e autora do livro Futebol e Violência.
 Discordo da Doutora Heloísa quando afirma que não temos preparo. Precisamos de uma formação mais consistente sim, mas temos preparo técnico para atuarmos em situações  como estas. Precisamos analisar se foram disponibilizados recursos humanos e materiais suficientes e o emprego tático da tropa.




Um comentário:

  1. No Brasil quem mais comenta ou faz afirmações sobre policiamento são leigos como a sociologa Heloisa Baldy, a própria contrução do estadio dá a falsa impressão de possibilidade de invasão, por situar-se no alto e entorno do gramado bem como a distribuição e localização do policiamento, de cima para baixo, multidão superioridade.
    Na verdade não trata-se de simplesmente falta de formação ou preparo técnico, o que existe é a interferência de leigos e a aceitação dos responsaveis pelo policiamento, onde estava o policiamento com cães?
    Acredito que substemaram o evento e arcaram com as consequencias.

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